quarta-feira, 10 de junho de 2009

3) Notícias


  • Sadia e Perdigão anunciam a maior indústria de alimentos
Perdigão e Sadia anunciaram na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a fusão entre as duas empresas do setor alimentício.
A nova empresa pretende desbancar a Bunge Alimentos,concorrente que está no topo das maiores empresas de alimentos do País,com faturamento bruto de R$ 25 bilhões,e deve se capitalizar,inicialmente, a partir da oferta de ações. "O fechamento" dessa operação não depende da entrada do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).Se o mercado de capitais responder bem à emissão,não será necessária a entrada do banco,a não ser que a instituição queira subscrever ações por avaliar que é um bom negócio",disse uma fonte da Sadia,que confirmou que a fatia da companhia dentro da nova empresa seria um pouco superior a 30%. O presidente do BNDES,Luciano Coutinho,admitiu,no entanto,que a estatal de fomento poderá participar da operação.Durante todo período de rumores de fusão,as ações das duas companhias tiveram forte valorização na BM&F Bovespa.Desde o começo de abril,os papéis da Perdigão valorizam-se 26%,enquanto os da Sadia,47%.




  • Futuro da indústria alimentícia


Existe uma revolução silenciosa nos processos que as indústrias estão a preparar. Muitas vezes os pesquisadores preocupam-se em mostrar o aspecto cientifico do que fazem e deixam de pontuar a relação do trabalho deles com a sua aplicação na indústria de alimentos. Ao lado de tecnologias e equipamentos cada vez mais precisos, há uma grande preocupação da população com os alimentos que ingere e com os benefícios à saúde que esses produtos realmente proporcionam. A preocupação do consumidor, segundo a professora, se estende à ecologia. “Hoje é impossível a indústria manter processos danosos ao meio ambiente”.As tecnologias estão a avançar de forma acelerada, com acções cada vez mais específicas, que em geral as reações químicas não trazem por causa da sua especificidade. A indústria alimentar está a aprender com a indústria farmaceutica, que é pioneira no processo de biotransformação. Resta agora saber como os processos específicos e com menos efeito colateral acontecem.Também podem ser alvos da biotransformação as ciclodestrinas extraídas do amido, utilizadas em antibióticos de última geração, de extrema simplicidade de obtenção e cujo tipo de molécula é interessante para a indústria em várias aplicações. Alguns destes antibióticos produzem substâncias destinadas a pessoas com intolerância a lactose. Esta conversão pode ser feita no caminho inverso, usando-se a mesma enzima lactase para formar lactose da galactose, que por sua vez é muito importante para crianças com deficiência de cálcio.




  • Você já comeu sua dose de nanonutrientes hoje?

A indústria alimentícia começa a usar essas substâncias para diminuir os teores de sal e açúcar dos produtos ou aumentar a durabilidade. Mas o consumidor não foi avisado.
Foi deflagrada uma revolução invisível na indústria alimentícia. Ela atende por um nome longo, mas é feita de microscópicas partículas que alteram as propriedades dos ingredientes, concentram sabores e melhoram sua absorção pelo organismo. São os nanonutrientes, desenvolvidos graças à diminuição de compostos à escala nanométrica. Ainda que você nunca tenha ouvido falar deles e, com certeza, jamais verá algum, eles já estão presentes em sucos, achocolatados e outros produtos – ao menos no Exterior.
Apenas para se ter ideia da proporção, um nanômetro está para um metro assim como uma bola de gude está para o planeta Terra. E todo o efeito dos nanonutrientes está ligado justamente a esta redução. "Jogar água fervente em um grão de café resultará em uma bebida fraca", explica a engenheira de alimentos Rosiane da Cunha, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "Porém reduzilo a pó libera o sabor e o aroma. É isso que acontece quando partículas de vitaminas, por exemplo, são submetidas a pressão, diminuem de tamanho e aumentam seu poder de ação."O maior feito dos nanonutrientes é justamente conseguir trocar ingredientes sem alterar o sabor. Mas como isso é possível? Novos aromas criados pela nanotecnologia cumprem essa função ao produzirem nas papilas gustativas da língua o mesmo efeito dos condimentos.Eles enganam os receptores da língua e o cérebro", diz Paulo Menoita, da Firmenich, uma das empresas do segmento instaladas no Brasil. Numa leitura simplificada, é como se você, no lugar de tomar o açúcar de um refrigerante, estivesse na verdade ingerindo uma molécula que dá a percepção do adocicado.A empresa Basf se valeu da nanotecnologia para processar compostos como o betacaroteno, nutriente que funciona como corante em sucos e manteigas e que tem ação contra o envelhecimento precoce das células. "O tamanho reduzido das partículas aumenta a eficiência das substâncias como corantes e melhora sua absorção pelo corpo", diz Sandra Biben, gerente de marketing de nutrição para a América do Sul.
No Brasil, uma empresa especializada em nanotecnologia, a Nanox, de São Carlos, desenvolveu dois filmes para proteger os alimentos de bactérias que causam a deterioração. Assim, uma maçã mergulhada numa solução termina sendo revestida por uma nova película protetora que dobra sua
vida útil. "Os filmes foram criados com partículas do milho e de quitosana (extraída dos crustáceos)", diz André Araújo, um dos sócios da Nanox.




  • Caroço de manga e bagaço da cana viram plástico biodegradável

Pesquisadores da Universidade de Uberlândia e de Caxias do Sul desenvolveram recentemente um plástico biodegradável oriundo do caroço de manga e do bagaço da cana. Idêntico ao plástico tradicional, feito de petróleo, o plástico biodegradável pode ser mais uma solução sustentável contra a degradação do meio ambiente. De acordo com os pesquisadores, os plasticos feitos com derivados de petróleo chegam a demorar mais de 150 anos para se decompor na natureza.Não sabemos ao certo se será possível sua produção em grande escala industrial, devido a necessidade de recursos que são escassos na natureza, mas ficamos na expectativa de que este material esteja em circulação muito em breve. (Matéria disponível em vídeo.)



  • O Fubá de milho

O fubá de milho ganhou novas aplicações na indústria de alimentos, como resultado da pesquisa tecnológica realizada pela Embrapa Agroindústria de Alimentos e a GEM Alimentos (GO). O pesquisador José Luís Ascheri e a equipe da GEM Alimentos desenvolveram dois produtos utilizando a tecnologia de extrusão: uma farinha indicada para a produção de empanados e nuggets e a outra, apropriada para substituir parcialmente a cevada maltada na produção de cervejas. Com isto, a indústria de alimentos pode acrescentar valor a uma matéria-prima que existe em grande quantidade e que é barata, por meio de sua transformação em outros produtos, informa.Como resultado da produção de grits, matéria-prima para a fabricação de snacks, o fubá, parecido com a semolina na granulometria, é um subproduto da moagem de milho, que se acumula em grandes quantidades na indústria moageira e que tem dificuldades para lhe dar uma destinação rentável. O desenvolvimento destes produtos derivados do fubá oferece à indústria de moagem alternativas para a utilização para fins alimentícios, e conseqüentemente pode dar vazão à grande quantidade de fubá resultante do processamento do milho. O fubá vinha sendo comercializado a baixo preço até para a indústria de minérios, que o utiliza na separação do ferro.São diversos os benefícios do desenvolvimento dos novos produtos. Por exemplo, a utilização do fubá pré-cozido para a cervejaria beneficia duplamente a indústria da bebida: diminui o custo da matéria-prima (a cevada maltada é bem mais cara) e reduz consideravelmente o tempo de produção de cerveja. ( Matéria disponível em vídeo)



  • Teste em refrigerantes encontra benzeno em sete produtos

Um teste feito com 24 refrigerantes mostrou que sete deles continham benzeno, uma substância cancerígena, resultado da reação entre os ácidos benzóico e ascórbico, também conhecido como vitamina C.O teste foi feito pela Associação de Consumidores Pro Teste, sendo que a maioria dos sete produtos com benzeno são laranjadas. Em duas delas, na Fanta Laranja Light e Sukita Zero, o limite estava acima do recomendado para um consumo saudável.Além desses produtos, também apresentaram benzeno os refrigerantes Fanta tradicional, Sukita tradicional e Sprite Zero, além do Dolly Guaraná tradicional e Diet. Porém, nesses casos, a quantidade encontrada foi considerada aceitável. Segundo a Pro Teste, para resolver o problema, os fabricantes devem substituir o ácido benzóico por outro que não reaja formando benzeno.A AmBev, que fabrica a Sukita, afirmou que atua "sob os mais rígidos padrões de qualidade e em total atendimento à legislação brasileira". A Coca-Cola, responsável pela Fanta, explicou em nota que cumpre a lei e que os corantes de bebidas são descritos no rótulo. Mais: disse que o benzeno está presente em alimentos e bebidas em níveis muito baixos.

Corantes artificiais


Outro problema encontrado nos refrigerantes foi a presença de corantes não recomendados ao público infantil. O amarelo tartrazina, presente nas bebidas de uva, pode causar alergias. Já o amarelo crepúsculo, presente nas de laranja, foi proibido em vários países da Europa por causar hiperatividade.A entidade informou que irá notificar a Anvisa e o Ministério da Agricultura para que haja uma legislação proibindo a presença de benzeno nas bebidas em quantidade superior a permitida na água potável e de corantes impróprios para as crianças.Com a conclusão do teste, a Pro Teste afirma que o consumo de refrigerantes deve ser evitado, pois só oferecem açúcar e nenhum nutriente, aumentando os riscos de ganho de peso e obesidade infantil. Para os adultos, a entidade ressalta que o consumo não deve ser superior a dois copos diários de 200 ml, para evitar problemas.

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